Codependência - Clínica Terapêutica Cantareira

Logo
Atendimento / Internação
Whats App
Atendimento 24 Hrs.
(11) 93046-2580
Aceitamos Convênios!
Unidades Masculinas
Unidades Femininas
Ir para o conteúdo

Codependência

      Excelência no Tratamento desde 2009!
      
Codependencia
O termo pode ser encontrado nas literaturas grafadas de diferentes formas com Co-dependência, Coodependência ou Codependência. Utilizaremos o primeiro.

A Co-dependência ao pé da letra significa colaboração a dependência, mesmo que tal colaboração seja inconsciente. Em 100% dos casos em que o dependente tem família, dentro desta existe ao menos um co-dependente.

Os mecanismos de ação da dependência são descritos de forma a iniciar o uso, aumento de dose e síndrome de abstinência quando retirada, já na co-dependência funciona de uma forma extremamente sistemática podendo variar para vertentes distintas.

Quando o familiar é passivo em relação ao adicto, ou seja, aceita todas ou quase todas as manifestações de doença e episódios de uso, acaba sofrendo as mesmas consequências do usuário, como não dormir, não se alimentar adequadamente, sempre na esperança de que o outro irá melhorar e sair desse caminho sozinho.

Também existe o ativo e as vezes agressivo, o co-dependente  nesse modelo pode agredir outras pessoas, agressões essa que tem níveis, leve, moderado, exacerbado.

De qualquer forma, o co-dependente precisa de ajuda tanto quanto o dependente, porque o dependente quando entra em tratamento muda em alguns aspectos e melhora em outros, deixando assim um sentimento de vazio para o co-dependente, esse sentimento aparece de diferente para um e para outro tornando assim ainda mais difícil a recuperação de familiares.

Os profissionais com prática no exercício da clínica psiquiátrica sabem das dificuldades existenciais dessas pessoas codependentes, ou seja, “dependentes” dos companheiros(as) problemáticos, quando estes deixam o vício. Parece que os codependentes ficaram órfãos, de uma hora para outra, perdidos e sem propósito de vida. Não é raro que passem elas, as pessoas codependentes, a apresentar problemas semelhantes àqueles dos antigos dependentes que cuidavam.

Codependência é um transtorno emocional definido e conceituado por volta das décadas de 70 e 80, relacionada aos familiares dos dependentes químicos, e atualmente estendido também aos casos de alcoolismo, de jogo patológico e outros problemas sérios da personalidade.

Codependentes são esses familiares, normalmente cônjuge ou companheira(o), que vivem em função da pessoa problemática, fazendo desta tutela obsessiva a razão de suas vidas, sentindo-se úteis e com objetivos apenas quando estão diante do dependente e de seus problemas. São pessoas que têm baixa auto-estima, intenso sentimento de culpa e não conseguem se desvencilhar da pessoa dependente.

O que parece ficar claro é que os codependentes vivem tentando ajudar a outra pessoa, esquecendo, na maior parte do tempo, de cuidar de sua própria vida, auto-anulando sua própria pessoa em função do outro e dos comportamentos insanos desse outro. Essa atitude patológica costuma acometer mães (e pais), esposas (e maridos) e namoradas(os) de alcoolistas, dependentes químicos, jogadores compulsivos, alguns sociopatas, sexuais compulsivos, etc.


codependencia
O Codependente é Atado na Pessoa Problema

Uma expressão que representa bem a maneira como o codependente adere à pessoa problemática é atadura emocional. Dizemos que existe atadura emocional quando uma pessoa se encontra atrelada emocionalmente a coisas negativas ou patológicas de alguém que o rodeia; seja esposo, filho, parente, companheiro de trabalho, etc. Devida a essas amarras emocionais o codependente passa a ser quase um outro dependente (de pessoa problemática).

A codependência se manifesta de duas maneiras: como um intrometimento em todas as coisas da pessoa problema, incluindo horário de tomar banho, alimentação, vestuário, enfim, tudo o que diz respeito à vida do outro. Em segundo, tomando para si as responsabilidades do outra pessoa. Evidentemente, ambas atitudes propiciam um comportamento mais irresponsável ainda por parte da pessoa problemática.

Percebe-se na codependência um conjunto de padrões de conduta e pensamentos (patológicos) que, além  compulsivos, produzem sofrimento. O codependente almeja ser, realmente, o salvador, protetor ou consertador da outra pessoa, mesmo que para isso ele esteja comprovadamente prejudicando e agravando o problema do outro.

Como se nota, o problema do codependente é muito mais dele próprio do que da pessoa problemática e, normalmente, a nobre função do codependente depende da capacidade de ajudar ou salvar a outra pessoa, que sempre é transformada em vítima e não responsável pelos próprios problemas.

Por causa do envolvimento de toda a família nos problemas do dependente ou alcoolista, considera-se que o alcoolismo ou o uso nocivo de drogas é uma doença que afeta não apenas o dependente, mas também a família.


codependencia
Sintomas da Codependência

A codependência é uma condição específica que se caracteriza por uma preocupação e uma dependência excessivas (emocional, social e a vezes física), de uma pessoa em relação à outra, reconhecidamente problemática. Depender tanto assim de outra pessoa se converte em uma condição patológica que caracteriza o codependente, comprometendo suas relações com as demais pessoas. Em pouco tempo o codependente começa a achar que ninguém apóia a pessoa problema (como ele), que ambos são incompreendidos, ele e a pessoa problemática, ambos não recebem o apoio merecido, etc.

O codependente tem seu próprio estilo de vida e seu modo de se relacionar consigo próprio, com os demais e com a pessoa problemática. Devido sua baixa auto-estima, ele sempre se preocupa mais com os outros do que consigo mesmo (pelo menos aparentemente).

A pessoa codependente não sabe se divertir normalmente porque leva a vida demasiadamente a sério, parecendo haver um certo orgulho em carregar tamanha cruz, em suportar as ofensas, humilhações e frustrações. Como ele precisa desesperadamente da aprovação dos demais, porque no fundo ele mesmo sabe que está exagerando em seus cuidados com a pessoa problemática, procura ter complacência e compreensão com todos por uma simples questão de reciprocidade (quer que os outros também entendam o que está fazendo).

A codependência se caracteriza por uma série de sintomas e atitudes mais ou menos teatrais, e cheias de mecanismos de defesa, tais como:
1. Dificuldade para estabelecer e manter relações íntimas sadias e normais, sem que grude muito ou dependa muito do outro.
2. Congelamento emocional. Mesmo diante dos absurdos cometidos pela pessoa problemática o codependente mantém-se com a serenidade própria dos mártires.
3. Perfeccionismo. Da boca para fora, ou seja, ele professa um perfeccionismo que, na realidade ele queria que a pessoa problemática tivesse.
4. Necessidade obsessiva de controlar a conduta de outros. Palpites, recomendações, preocupações, gentilezas quase exageradas fazem com que o codependente esteja sempre super solícito com quase todos (assim ele justificaria que sua solicitude não é apenas com a pessoa problemática).
5. Condutas pseudo-compulsivas. Se o codependente paga as dívidas da pessoa problemática ele “nunca sabe bem porque fez isso”, diz que não consegue se controlar.
6. Sentir-se responsável pelas condutas de outros. Na realidade ele se sente mesmo responsável pela conduta da pessoa problemática, mas para que isso não motive críticas, ele aparenta ser responsável também pela conduta dos outros.
7. Profundos sentimentos de incapacidade. Nunca tudo aquilo que fez ou está fazendo pela pessoa problemática parece ser satisfatório.
8. Constante sentimento de vergonha, como se a conduta extremamente inadequada da pessoa problemática fosse, de fato, sua.
9. Baixa autoestima.
10. Dependência da aprovação externa, até por uma questão da própria auto-estima.
11. Dores de cabeça e das costas crônicas que aparecem como somatização da ansiedade.
12. Gastrite e diarréia crônicas, como envolvimento psicossomático da angústia e conflito.
13. Depressão. Resultado final.

Parece um nobre empenho ajudar a outras pessoas que se estão se autodestruindo, como no caso dos alcoolistas ou dependentes químicos, do jogo ou do sexo compulsivos. Entretanto, se quem ajuda se esquece de si mesmo, se entrega à vida da outra pessoa problemática, então estamos diante da Codependência. A dor na codependência é maior que o amor que se recebe e se uma relação humana resulta prejudicial para a saúde física, moral ou espiritual, ela deve ser desencorajada.

Na realidade a codependência é uma espécie de falso-amor, uma vez que parece ser destrutivo, tendo em vista que pode agravar o problema em questão, seja a dependência química, alcoolismo, transtornos de personalidade, etc. Todo amor que não produz paz, mas sim angústia ou culpa, está contaminado de codependência, é um amor patológico, obsessivo é bastante destrutivo. Ao não produzir paz interior nem crescimento espiritual, a codependência cria amargura, angustia e culpa, obviamente, ela não leva à felicidade. Então, vendo desse jeito, a codependência aparenta ser amor, mas é egoísmo, medo da perda de controle, da perda da relação em si.


codependencia
Disfunção Familiar

Na família da pessoa problemática as relações familiares e a comunicação interpessoal vão se tornando cada vez mais complicadas. A comunicação se faz mais confusa e indireta, de modo que é mais fácil encobrir e justificar a conduta do dependente do que discuti-la. Esta dificuldade (disfunção) vai se convertendo em estilo de vida familiar e produzindo, em muitos casos, o isolamento da família dos contatos sociais cotidianos. As regras familiares se tornam confusas, rígidas e injustas para seus membros, de forma que os deveres passam a ser distorcidos, com algum prejuízo das pessoas que não têm problemas e privilégios da pessoa problemática.

Como se vê, a conduta codependente é uma resposta doentia ao comportamento da pessoa problemática, e se converte em um fator chave na evolução da dependência, isto é, a codependência promove o agravamento da situação da pessoa problemática, processo chamado de facilitação. Mas, os codependentes não se dão conta de que estão facilitando o agravamento do problema, em parte pela negação e em parte porque estão convencidos de que sua conduta esta justificada, uma vez que estão "ajudando" o dependente a não se deteriorar ainda mais e que a família não se desintegre.

Costuma ser mais freqüente do que se pensa, as pessoas codependentes buscarem ajuda médica, porém, sem que tenham crítica de tratar-se de codependência. Antes disso, essas pessoas se queixam de depressão ou simplesmente de estresse.

Os profissionais de saúde que trabalham na área de dependências, correm sempre o risco de desenvolver codependência como resultado da exposição crônica à dependência dos pacientes.

As manifestações dessa codependência profissional são muito variadas, podendo dizer respeito à assumir franca e pesada responsabilidade pelo dependente, protege-lo das conseqüências de suas decisões, e dar-lhe sermões repetitivos, enfim, assumir atitudes que ultrapassam as funções do profissional.

Quando acontece a codependência em profissionais da área (médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, pessoal da enfermagem), normalmente não há uma crítica imediata da situação, senão a sensação de que todas as atitudes objetivam genuinamente ajudar o paciente. Entretanto, a codependência está longe de ajudar, sendo mais provável um agravamento da dependência ou uma facilitação.

O impacto que a família sofre com o uso de drogas por um de seus membros é correspondente as reações que vão ocorrendo com o sujeito que a utiliza. Este impacto pode ser descrito através de quatro estágios pelos quais a família progressivamente passa sob a influência das drogas e álcool:
1. Na primeira etapa, é preponderantemente o Mecanismo de Negação. Ocorre tensão e desentendimento e as pessoas deixam de falar sobre o que realmente pensam e sentem.
2. Em um segundo momento, a família demonstra muita preocupação com essa questão, tentando controlar o uso da droga, bem como as suas conseqüências físicas, emocionais, no campo do trabalho e no convívio social. Mentiras e cumplicidades relativas ao uso abusivo de álcool e drogas instauram um clima de segredo familiar. A regra é não falar do assunto, mantendo a ilusão de que as drogas e álcool não estão causando problemas na família.
3. Na terceira fase, a desorganização da família é enorme. Seus membros assumem papéis rígidos e previsíveis, servindo de facilitadores. As famílias assumem responsabilidades de atos que não são seus, e assim o dependente químico perde a oportunidade de perceber as conseqüências do abuso de álcool e drogas. ? comum ocorrer uma inversão de papéis e funções, como por exemplo, a esposa que passa a assumir todas as responsabilidades de casa em decorrência o alcoolismo do marido, ou a filha mais velha que passa a cuidar dos irmãos em conseqüência do uso de drogas da mãe.
4. O quarto estágio é caracterizado pela exaustão emocional, podendo surgir graves distúrbios de comportamento e de saúde em todos os membros. A situação fica insustentável, levando ao afastamento entre os membros gerando desestruturação familiar


codependencia
Recuperação da Codependência

A codependência também pode ser agravante e desencadeante de depressão, suicídio, doenças psicossomáticas, e outros transtornos. Os grupos de ajuda para familiares de dependentes (químicos e alcoólicos) visam, principalmente, reverter este quadro, orientando os familiares a adotarem comportamentos mais saudáveis. Os profissionais acham que o primeiro passo em direção a esta mudança é tomar consciência e aceitar o problema.

O tratamento da codependência pode consistir de psicoterapia, grupos de auto ajuda, terapia familiar e em alguns casos, antidepressivos e ansiolíticos. Os grupos de auto ajuda para familiares de dependentes, tais como, Alanom e Codependentes Anônimos são de grande utilidade no processo de recuperação familiar da codependência.


codependencia
Codependentes Anônimos

Nos mesmos moldes dos Alcoólicos Anônimos, Codependentes Anônimos são grupos de ajuda com metodologia de relato em grupo e do estímulo para observância de algumas recomendações disciplinares e de alguns passos importantes. As chamadas Doze Tradições dos Codependentes Anônimos foram adequados das 12 Tradições de Alcoólicos Anônimos. Veja:
1. Nosso bem-estar comum deve estar sempre em primeiro lugar; a recuperação pessoal depende da unidade de Codependentes Anônimos.
2. Somente uma autoridade preside, em última análise, ao nosso propósito comum – um Poder Superior amantíssimo que Se manifesta em nossa consciência coletiva. Nossos líderes são apenas servidores de confiança; não têm poderes para governar.
3. O único requisito para ser membro da unidade de Codependentes Anônimos é ter um sincero desejo para relacionamentos saudáveis e amorosos.
4. Cada Grupo deve ser autônomo, salvo em assuntos que afetam outros Grupos, ou Codependentes Anônimos como um todo.
5. Cada Grupo tem um único propósito primordial – levar sua mensagem ao Codependente que ainda sofre.
6. Um Grupo de Codependentes Anônimos nunca deverá jamais endossar, financiar ou emprestar o nome de Codependentes Anônimos a qualquer sociedade parecida ou empreendimento alheio à irmandade, para que problemas de dinheiro, propriedade e prestígio não nos desviem de nosso propósito espiritual.
7. Cada Grupo deverá ser totalmente auto-sustentável, recusando assim contribuições de fora.
8. Codependentes Anônimos deverá permanecer sempre não profissional, embora nossos centros de serviços possam empregar trabalhadores especializados
9. Codependentes Anônimos, jamais deverá organizar-se como tal; podemos, porém, criar juntas ou comitês de serviço diretamente responsáveis perante aqueles a quem prestam serviços.
10. Codependentes Anônimos não opinam sobre questões alheia à Irmandade, portanto, o nome de Codependentes Anônimos, jamais deverá aparecer em controvérsias públicas.
11. Nossas relações com o público baseiam-se na atração em vez da promoção; cabe-nos sempre preservar o anonimato pessoal em nível de imprensa, rádio e filmes.
12. O anonimato é a base espiritual de todas as nossas Tradições, lembrando-nos sempre da necessidade de colocar os princípios acima das personalidades.

Vejamos agora os Doze Passos de Codependentes Anônimos, também adequados dos 12 Passos de Alcoólicos Anônimos
1. Admitimos que éramos impotentes perante os outros - que nossas vidas haviam se tornado incontroláveis.
2. Viemos a acreditar que um Poder Superior a nós, poderia nos devolver a sanidade.
3. Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidado de Deus como nós O concebíamos.
4. Fizemos um destemido e minucioso inventário moral de nós mesmos.
5. Admitimos perante a Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas.
6. Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.
7. Humildemente rogamos a Deus para que nos livrasse de nossas imperfeições.
8. Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados.
9. Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo significasse prejudicá-las ou a outrem.
10. Continuamos fazendo o inventário pessoal, e quando nós estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.
11. Procuramos através da prece e da meditação melhorar nosso contato consciente com Deus como nós O concebíamos, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade em relação a nós e força para realizar essa vontade.
12. Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes Passos, procuramos levar esta mensagem para outros codependentes e praticar estes princípios em todos as nossas atividades.

Texto baseado no artigo: Ballone GJ - Codependência - in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br, 2006


Perguntas a Fazer

Você age de maneira semelhante a três ou mais das afirmações abaixo? Se sua resposta for sim, você é um codependente.
• Pensa mais no comportamento e nos problemas do outro do que na sua própria vida.
• Sente-se ansioso em relação ao comportamento da pessoa viciada e controla-a constantemente na tentativa de pegá-la usando a droga e/ou álcool.
• Teme que se parar de controlar o outro ele perderá o controle.
• Culpa-se pelos problemas dessa outra pessoa.
• Acoberta essa pessoa quando ela é "pega" mentindo ou está em situação embaraçosa em relação ao seu problema ou vício.
• Nega que essa pessoa realmente tenha problema com drogas, álcool, etc. e fica bravo ou na defensiva quando outros sugerem que haja um problema de dependência ou uso abusivo de substâncias como álcool ou drogas.

"Se você possui ou conhece alguém com problemas (Alcool ou Drogas), entre em contato conosco, indicaremos o melhor tratamento..."
Tratamentos Relacionados:

                       
Voltar para o conteúdo